terça-feira, 14 de junho de 2011

Vitória: Salário é pago!


No último dia útil para efetivar o pagamento dos professores em greve, segundo determinou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o governo foi obrigado a depositar os salários cortados ilegalmente.
A confirmação do pagamento hoje, ao meio dia, demonstra mais uma vitória do movimento grevista. Através de ação judicial e das denúncias de ilegalidade e autoritarismo do governo ao suspender os salários, o movimento conquistou o apoio da população e conseguiu do Supremo Tribunal Federal, no dia 03 de junho, a manutenção da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que determinou o pagamento dos salários dos professores grevistas e negou o pedido de suspensão de liminar impetrado pelo Governo do Estado.
Fonte: Aduneb

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Assembleia aprova, por unanimidade, manutenção da greve


foto: Raíza Rocha/aduneb

Reunidos em assembleia geral na manhã e tarde de hoje (08/06), os professores deliberaram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A aprovação foi por unanimidade. Na ocasião, avaliou-se que as negociações, reabertas nesta segunda, não chegaram ao fim, pois há problemas na nova proposta do Governo (veja aqui as duas propostas, uma referente ao Acordo Salarial e outra ao Decreto 12.583/11). A categoria destacou que a radicalização do movimento, ao ocupar a Assembleia Legislativa, foi acertada e que o recuo do Governo, ao retomar as negociações, foi resultado dessa ação.

O Governo dividiu a pauta do movimento (incorporação da CET e discussão do decreto 12.583/11) em dois documentos. Em relação ao Acordo salarial, o governo oficializou a proposta discutida na Mesa Setorial de Negociação do dia 06, necessitando, segundo a assembleia, de algumas modificações. Para a categoria, o Governo precisa deixar claro, no Termo de Acordo, que o Projeto de Lei de Incorporação da CET deverá ser enviado à Assembleia Legislativa imediatamente após a assinatura do Acordo. Outra condição para fechar a negociação em relação à CET é retirar o item 4 do texto que se refere aos salários suspensos. De acordo com os professores, o pagamento dos salários está garantido pelo Supremo Tribunal Federal e, portanto, não deve constar como item de negociação.
Na proposta sobre o Decreto, no entanto, permanece, em muitos pontos, a intransigência do Governo. Em primeiro lugar, o documento é denominado de Termo de Compromisso e não Termo de Acordo. Em segundo lugar, continua a condicionar o início da discussão sobre os impactos do Decreto nas Universidades Estaduais ao final da greve e propõe apenas reuniões trimensais.


A assembleia deliberou que a ADUNEB leve para a Mesa de Negociação a mudança na denominação do Termo, bem como a exigência de que as reuniões deverão ser mensais e que tenham o papel não só de discutir, mas também de definir soluções em relação aos impactos do Decreto. A categoria deliberou que no artigo referente aos processos de promoção e progressão sejam acrescidos os processos de Mudança de Regime de Trabalho, destacando que todos eles deverão tramitar unicamente no âmbito de cada UEBA e que sejam implantados em folha imediatamente após o seu deferimento, sem qualquer ingerência do Governo. A autonomia das Universidades em relação à tramitação desses processos é garantida pelo Estatuto do Magistério Superior, mas o Governo tem desrespeitado reiteradamente este direito.

Haverá uma reunião com o Governo na próxima sexta (10). Nesta reunião, o movimento levará a contraproposta para avaliação. Em assembleia, os professores da UEFS, UESB e UESC também mantiveram a Greve.


Fonte: ADUNEB

sábado, 4 de junho de 2011

Ocupação continua

Professores e estudantes seguem ocupando a galeria de ex – Presidentes da Assembleia Legislativa da Bahia. A ocupação teve início na terça (31) com o objetivo de alertar a população para a situação precária das universidades e pressionar o governo a atender a pauta de reivindicação das categorias. A desocupação será avaliada, novamente, na segunda-feira, após Mesa de Negociação com o Governo, agendada para o dia 06/06, às 17h, na Secretaria de Educação.

A reabertura das negociações, suspensa pelo governo no dia 27 de maio, foi fruto da pressão exercida pelos professores e estudantes. A nova negociação foi agendada após 03 dias de ocupação da Assembleia Legislativa e da realização de um ato em frente à Fundação Luís Eduardo Magalhães, na sexta-feira (03), onde o Governador participava de evento oficial.

A reunião de Negociação foi confirmada, na tarde de ontem, no encontro dos professores e estudantes com o Secretário de Administração, Manoel Vitório. Na Mesa, será discutida uma proposta de intermediação dos Reitores das Universidades Estaduais da Bahia sobre o Acordo Salarial e um calendário de discussões sobre o Decreto 12.583/11.
Apesar da confirmação de nova data de negociação, o movimento continuará ocupando na Assembleia Legislativa, pois não é possível mais confiar neste Governo. A reunião com Manoel Vitório não significou nenhum avanço nas negociações e só com mobilização é possível chegar ao fim do impasse imposto pelo governo. Durante todo o ano de 2010 e até o momento, o governo tem agendado reuniões que pouco avançam em uma solução para os problemas enfrentados pelas Universidades.
Durante o final de semana, atividades culturais e discussões sobre o papel das Universidades Estaduais na Bahia serão realizadas como parte da programação da ocupação. Venha participar!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reitores e governo se reúnem com professores em greve nesta segunda

Na manhã de hoje, a categoria tentou forçar um encontro com o governador durante um evento realizado na Fundação Luis Eduardo Magalhães


Redação CORREIO
Os professores das universidades estaduais em greve se reúnem com reitores e representantes do governo na próxima segunda-feira (6), com o objetivo de discutir uma nova proposta para a categoria, elaborada pelos administradores das instituições de ensino da Bahia.
De acordo com a assessoria de comunicação da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufes), a proposta elaborada dos reitores prevê a incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário base, com a restrição de dois anos sem ganhos salariais para categoria, dois anos a menos que o estabelecido pelo governo do estado.
Na manhã de hoje, professores, funcionários e estudantes tentaram forçar um encontro com o governador durante um evento realizado na Fundação Luis Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo da Bahia, mas não foram recebidos por Jaques Wagner.
Em contrapartida, o governador garantiu a presença do secretário de relações relações institucionais, César Lisboa, em uma reunião na FLEM às 18 horas de hoje para aprofundar o debate sobre a questão.

Justiça

Uma decisão proferida pelo juiz Mário Soares Caymme Gomes determinou que os docentes da Uneb retornassem em 24 horas ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5 mil pela Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), ré no processo.

Pelo entendimento da Justiça, a greve dos professores da Uneb é “abusiva” e vem sendo “exercida de maneira exageradamente ofensiva ao direito transindividual à educação”. O juiz ainda declara em seu parecer que “não pode ser tolerado que todos os docentes simplesmente ‘cruzem os braços’ sem prestar serviço algum, pondo em risco o ano letivo”.

Os professores da Uneb, entretanto, afirmam que não foram comunicados formalmente e por conta disso não retomaram as atividades nesta quinta-feira (2).

Histórico da greve
O movimento teve início no dia 8 de abril, quando a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) entraram em greve. Três dias depois, no dia 11 de abril, foi a vez dos professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) decretarem a greve. Por último, no último dia 26, os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) ingressaram no movimento.

Greve dos professores das Universidades Estaduais da bahia - 2011

Propaganda Univerisdades em Greve

Professores da UNEB estão em greve por tempo indeterminado.

Greve é veiculada em Rede Nacional de Televisão

A greve dos professores das Universidades Estaduais Baianas está sendo bastante veiculada nos jornais impressos, telejornais, redes sociais e sites jornalísticos. Nesta semana, a greve ganhou repercussão no principal telejornal brasileiro: O Jornal Nacional.

Governo rejeita proposta do movimento sem qualquer discussão com categoria

Foto: Raíza Rocha/ADUNEB
Mais uma vez, em contraposição à flexibilidade e à disposição do movimento em negociar, o governo responde com intransigência à nova proposta da categoria. Na tarde de ontem, 02 de junho, o governo, através da CODES, afirmou, por email, que a proposta “não é aceitável para reabertura do processo de negociação, pois, a tabela apresentada e a proposta de agendamento de reunião prévia, entre outros pontos, já foram objeto de discussões anteriores, não gerando, portanto, fatos novos, justificadores de nova rodada.”

Diferente do afirmado pelo governo, a proposta enviada pelo Fórum das ADs, no dia 01 de junho (veja aqui), é diferente do discutido até então nas mesas de negociação. O documento propõe a redução do prazo de vigência do Acordo para 02 anos e diminuição do prazo de incorporação da CET para 03 anos. No entanto, o governo sequer se disponibilizou a discutir, em reunião com o movimento, a totalidade da proposta, mantendo suspensas as negociações.



Fonte: ADUNEB

Protesto do movimento estudantil e dos professores em greve das UEBAs em frente a governadoria

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O governo da Bahia e o sucateamento das universidades públicas

Por *Profº Reginaldo de Souza Silva


Mais de 60 mil alunos estão sem aulas há 55 dias devido a greve dos 5.000 professores de todas as universidades estaduais da Bahia (Feira de Santana – UEFS, Sudoeste da Bahia – UESB, Santa Cruz – UESC e Estado da Bahia – UNEB). A greve foi decretada após mais de um ano de negociações da pauta salarial quando, no ato de assinatura do acordo, o governo da Bahia incluiu a denominada “clausula da mordaça”, que impede aos docentes reivindicarem aumento de salário até 2015. Esse fato foi agravado com a publicação do decreto 12.583, de fevereiro de 2011, que contingência as verbas das universidades e inviabiliza a autonomia universitária.


O referido decreto, ao mesmo tempo em que viola a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Estatuto do Magistério do Estado da Bahia, elimina as condições fundamentais para o exercício do trabalho dos professores. Podemos citar como exemplos a suspensão da concessão do regime de dedicação exclusiva, do afastamento para cursos de mestrado e doutorado, do direito à promoção e progressão de carreira além de inviabilizar a manutenção de atividades diárias das IES.


A greve dos docentes (e também dos discentes de duas universidades) é apenas a ponta do iceberg do caos na educação baiana. Dados relativos ao número de professores sem diploma de educação superior, ou em desvio de função na rede de educação básica, do sucateamento das escolas, do baixo número de vagas na educação superior (5,6%, quando o Plano Nacional de Educação da ultima década 2001/2010 previa 30% da população de 18 a 24 anos na educação superior), os indicadores do IDEB e as dívidas de 683,9 milhões do governo do Estado com o repasse do FUNDEB aos municípios, são alguns exemplos do caos educacional da Bahia.


Hoje, temos mais de 60 mil alunos matriculados na Uneb, Uesc, Uesb e Uefs (nas quatro instituições federais são apenas 23,2 mil) e muita gente fica de fora, diante da acirrada disputa por vagas nos vestibulares. Para termos uma idéia, em 2008, apenas 0,6% dos baianos (1,4% dos brasileiros e 0,8% dos nordestinos) cursavam uma universidade. O que fazer? Virar as costas? Não existe na Bahia um projeto de educação!


As Universidades pedem socorro! Professores e funcionários estão abandonando a carreira ou seguem para outras instituições de ensino superior. Os funcionários estão desmotivados já que permanecem estagnados por causa de um plano de carreira defasado em relação aos seus direitos trabalhista. Enquanto isso, na educação básica faltam candidatos para lecionar várias disciplinas. É esse um sinal do desmonte da educação? Avante Educação para trás?


A realidade econômica aponta a Bahia como o 7º PIB do ranking nacional e 1º da região norte/nordeste! Entretanto, hoje os professores das universidades recebem o segundo pior salário da região, ficando atrás apenas do Maranhão. O salário-base de um professor-auxiliar, que tem como requisito apenas a especialização, é de R$ 736 por 20 horas semanais. Já o de um professor-adjunto, com doutorado, é de R$ 1.004,63. Será que não há recursos para a educação porque agora ele está destinado exclusivamente para o agronegócio, os portos e o evento esportivo de 2014? Quando a educação Pública no Estado da Bahia será prioridade?


Para que a greve seja suspensa são duas as propostas da categoria docente: a primeira, relativa ao Termo de Acordo Salarial de 2010, refere-se a incorporação ao salário das Condições Especiais de Trabalho – CET no período de 2011 a 2014, concluindo as negociações sobre a mesma sem prejuízo de reajuste geral anual dos servidores estaduais; e a segunda, relativa a publicação da alteração do Decreto 12.583/11, para que suas medidas não sejam aplicadas na execução orçamentária, financeira e contábil das Universidades.


Onde está o impasse? Na intransigência do Governador Jaques Wagner (ironicamente eleito pelo partido que se diz dos trabalhadores) que tenta amordaçar os docentes impedindo-os de reivindicarem aumento salarial até 2015, continuando a sua série histórica de violação da autonomia universitária. Desde que assumiu o governo, tenta jogar reitor conta reitor, universidade contra universidade e, como forma de pressionar os professores e acabar com o movimento, cortou os salários não pagando, sequer, os dias trabalhados. Ainda por cima, mesmo com a decisão da justiça que obrigou ao governo a pagar os salários, não cumpriu a medida judicial, afrontando gravemente mais um dos três poderes que sustentam a democracia brasileira.


O governo da Bahia, que vive de propaganda, vem divulgando informações enganosas junto a população baiana e demonstra desconhecer a realidade das universidades. As Universidades Estaduais da Bahia sobrevivem com um orçamento restrito e a política do governo petista Jaques Wagner é a cultura do “pires na mão”. Todos os anos, mendigando de terno e gravata, os reitores passam pelas diversas secretarias solicitando liberação de recursos, contratações, pagamento de contas e suplementação orçamentária. Enquanto isso, a responsabilidade social e a população batem nas portas das universidades, exigindo novas vagas, novos cursos, novos campi dada a imensidão territorial da Bahia.


Para a comunidade acadêmica as conseqüências já começam a ser sentidas, pois se aproxima a possibilidade da perda do semestre. Entretanto, o governo da Bahia não se dispõe a dialogar e as mudanças sugeridas nas propostas são apenas semânticas. A cada mesa de negociação o governo da Bahia diz uma coisa, dificulta as tentativas de negociação, e nem ao menos mantém a palavra dada perante os acordos.


A luta é por uma educação pública de qualidade na Bahia, para isto é necessário respeito a autonomia das Universidades, professores e funcionários valorizados em suas condições de trabalho e salários, recursos para a permanência estudantil, manutenção e ampliação da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão nas Universidades Públicas Estaduais Baianas.


Professores, alunos e funcionários das universidades estaduais da Bahia ocupam a Assembléia Legislativa do Estado como forma de demonstrar a sociedade baiana e a seus representantes legais a violação da autonomia universitária e o desrespeito aos seus trabalhadores, exigindo do Exmo Sr. Governador da Bahia Jaques Wagner ações para superarmos o sucateamento das universidades estaduais baianas.


*Reginaldo de Souza Silva – Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br

INFORME SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES E ESTUDANTES DO DCH, CAMPUS IV DA UNEB NO PROTESTO DO DIA 31 DE MAIO DE 2011

No dia 31 de maio de 2011, ocorreu o Ato de Protesto Unificado dos professores, estudantes e funcionários da UESB, UNEB, UESC e UEFS na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. O referido evento foi iniciado às 10hs e contou com a participação de muitos professores e estudantes das referidas instituições e com os representantes das Associações de Funcionários da. O protesto contou também com a participação de um Trio de Forró. Muitos professores portavam bandeiras da ADUNEB, ADUFS, ADUSB, ADUSC, ANDES e faixas e cartazes contendo frases de protesto. Alguns portavam pandeiros e tamborins. Do DCH, Campus IV estavam presentes:

· Colegiado de História: Julice, Mariza, Júlia, Jackson, Moisés, Jaime, Joelma, Woshington, Valter, Eliene e Carmélia;

· Colegiado de Educação Física: Sales, Elmo, Ângelo, Salomão, Rafael, Itamar, Manuela e Fábio.

· Colegiado de Vernáculas: Antenor, Rúbia, Jane, Adriano, Barbára.

· Colegiado de Inglês: Thaís, Roberto e Arnon.

· Colegiado de Geografia: Dolores e Marcone.

· Colegiado de Direito: Sander e Urbano.

Professores que já atuaram no Campus IV também marcaram presença, a saber: Joãozinho Novais (UNEB Eunápolis), Paulo Garcia (UNEB Alagoinhas), Alan Sampaio (UNEB Salvador), Luiz Henrique (UESC) e Tupiniquim (UNEB Teixeira de Freitas).

O evento contou com a presença super especial dos estudantes Milena, Amanda, Edson, Cassiano, Dhione, Francisco Liborio, Gabriel, Adrielle, Taíse, Edivonha, Yane e Lidiane. Peço desculpas antecipadamente se esqueci o nome de alguém.

O ato na Assembleia Legislativa da Bahia teve três momentos: primeiro a apresentação do Trio de Forró na entrada e no primeiro nível do prédio. Os manifestantes protestaram de modo pacífico cantando, dançando e proclamando frases de protesto. No segundo momento todos os manifestantes seguiram para o 2º pavimento e foi instalado o acampamento como segunda ação do Ato. O terceiro momento se desdobrou com o debate e séries de reuniões entre o Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais, dos respectivos comandos de greve das associações e dos representantes estudantes.

No início da tarde alguns manifestantes retornaram para a entrada da Assembleia Legislativa e discursaram sobre o não pagamento dos salários, o Decreto 12583, da Cláusula da Mordaça, a incorporação da CET e fizeram muitas críticas ao modo como os representantes do Governo do Estado da Bahia tem atuado durante todo o processo de negociação.

DESTAQUE 1

Parabéns para todos os colegas e estudantes do Campus IV. A contribuição de cada um e a presença deu um brilho especial ao Ato. A ideia de Roberto Bueno de usar durante o protesto faixas de tecido como se fossem mordaças foi maravilhosa. Os colegas dos outros departamento acolheram a idea.

Alguns colegas usaram chapéus coloridos como Júlia, Claúdia e Salomão. Tal fato deu um colorido todo especial.

DESTAQUE 2

Durante o processo de construção das articulações para o dia de hoje participei junto com o professor Sander de uma reunião com os assessores jurídicos da ADUNEB (Moisés) e ADUSB (Eric). Depois da referida reunião Sander passou a fazer parte da Comissão Jurídica dos Comandos de Greve que foi instalada ontem. Só tenho uma coisa a dizer: dentre as coisas boas que ocorreram ontem uma das melhores foi o fato de Sander passar a fazer parte das articulações políticas e do planejamento da assessoria jurídica. Sempre soube que ele era uma pessoa comprometida politicamente com os ideais que defende e que é um bom professor. Como advogado ele deu um show. Ações planejadas e debatidas ontem concretizaram-se ao longo do dia de hoje.

Sander muito obrigada por sua participação. Você está de parabéns.

DESTAQUE 3

Ontem pensei mito sobre o que vi e ouvi no protesto; o movimento docente precisa repensar o modelo de planejamento das ações e os discursos para garantir mais força e poder de barganha. Pretendo indicar na próxima assembleia que a ADUNEB deve contratar um assessor político que atue também como articulista. Depois da greve vou propor também um debate sobre a tarefa da assessoria jurídica da ADUNEB.

Acredito que a Assessoria Jurídica atual poderia ter orientado em relação ao período de 48 hs para entrarmos em greve e ao funcionamento de 30 % dos serviços da universidade. Na UESB a palavra final sobre o cumprimento das 48 horas foi dada pelo assessor jurídico da ADUSB que estava presente durante a assembleia que deflagrou a greve na UESB.

É necessário diante do Governo atual mais pragmatismo e organização. O Governo do estado balançou com a nossa mobilização.


DESTAQUE 4

Vi ontem de modo muito claro o desgaste físico dos professores dos comandos de greve. Desde o dia 26 de abril a jornada deles não tem recesso. Precisamos mais do que nunca nesta reta final dá apoio aos colegas do nosso comando. Na próxima assembleia gostaria que nós nos reuníssemos antes para trocar algumas idéias, inclusive sobre o processo de construção da saída da greve e retomada do trabalho. Não sei se tenho o direito de pedir algo depois de todo empenho e esforço para a mobilização do dia 31. Mas vamos lá: a próxima assembleia será muito importante. Todos devemos nos empenhar para está participar com o coração, a mente e todo o resto.

Desculpe a extensão da mensagem.

Um abraço,

Julice

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Representação que foi entregue hoje ao Deputado Marcelo Nilo, Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia.

Ao Ilmo. Sr. Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia,


M.D. Deputado Marcelo Nilo.


ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO FORMAL CONTRA O GOVERNADOR E O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E CRIME DE RESPONSABILIDADE




As associações de docentes das universidades estaduais da Bahia, ADUSB, ADUNEB, ADUSC e ADUFS, enquanto entidades sindicais, legítimas representantes jurídicas dos professores universitários baianos, vêm por meio do presente arrazoado apresentar


- REPRESENTAÇÃO FORMAL -


contra o GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA e SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, em face de prática de ato de improbidade administrativa e do cometimento de crimes de responsabilidade em decorrência do descumprimento de decisão judicial, o que viola o quanto preconizado no art. 11 da Lei n. 8.429/92, em conformidade com as razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS:


1. A ADUSB ingressou com Mandado de Segurança perante o Tribunal de Justiça, processo nº 0005885-97.2011.805.0000-0, em face de ato ilegal praticado pelo Secretário de Administração do Estado da Bahia que cortou o pagamento dos salários dos professores em razão de deflagração de movimento grevista, validamente realizado.


2. A Desembargadora Relatora do Mandado de Segurança, Dra. Daisy Lago Ribeiro Coelho, concedeu provimento liminar no dia 23 de maio de 2011, determinando que o Governo do Estado da Bahia realizasse o pagamento do salário do mês de abril de 2011 e se abstivesse de realizar o corte do salário dos meses subseqüentes enquanto perdurasse o movimento grevista. (No mesmo sentido, propuseram Mandado de Segurança também a ADUSC, ADUFS e a ADUNEB, também obtendo decisões liminares que garantem o pagamento do salário enquanto perdurasse a greve).


3. Notificado o Governo do Estado da Bahia, no dia 30 de maio de 2011, conforme comprovam os documentos em anexo, até a presente data não cumpriu a decisão judicial e não apenas não pagou o salário do mês de abril, como também não adimpliu o do mês de maio.


4. Dessa forma, em razão da manifesta ilegalidade do procedimento adotado pelo Governo do Estado, que já havia afrontado a legislação vigente ao cortar os salários dos professores em greve, sem que tivesse existido nenhuma decisão judicial que declarasse a greve ilegal, simplesmente agora descumpre uma decisão judicial tomada pelo órgão máximo da Justiça Baiana.


5. Assim, buscando resguardar a eficácia da decisão exarada pela Desembargadora, a ADUSB apresentou petição no dia 31 de maio de 2011, requerendo a prisão do Secretário de Administração do Estado da Bahia pelo cometimento de crime de desobediência, aplicação de multa diária de R$ 100.000,00 e o seqüestro de R$ 4.000.000,00 das contas do Estado para pagamento do salário dos professores.

6. A resistência do Governo do Estado da Bahia em cumprir a ordem judicial caracteriza ato de improbidade administrativa por violação do artigo 11 da Lei n. 8.429/92 e viola frontalmente o princípio democrático da tripartição dos poderes.


7. Sendo assim, por ser de competência da Assembléia Legislativa o controle dos atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, bem como, processar e julgar o Governador e o Secretário de Estado por crime de responsabilidade, as Associações Docentes requerem:


a) A convocação do Secretário de Educação e do Procurador do Estado para que prestem informações pessoalmente nos termos do artigo 71, inciso XXIII, da Constituição do Estado da Bahia, sob pena do cometimento de crime de responsabilidade caso não atenda a convocação;


b) Que instaure Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o ato de improbidade administrativa do Governador do Estado e do Secretário de Administração porque atenta contra a Constituição Federal, a Lei n. 7.783/89, a ordem federativa e o princípio da tripartição dos poderes;


Por compreender que a resistência injustificada do Governo estadual em cumprir a ordem judicial viola os princípios constitucionais sensíveis, o movimento docente solicitará a Intervenção Federal em face do Estado da Bahia, com fulcro no art. 34 da Constituição, inciso VI e VII, caso não adotadas as medidas requeridas.


Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal exceto para:

(...)

VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) Forma republicana, sistema representativo e sistema democrático.




Nestes termos,


Pede e aguarda deferimento.

Professora da UNEB protesta durante Congresso do PT em Riachão do Jacuípe

O pandeiro usado serviu para chamar a atenção das pessoas e atrapalhar os discursos dos oradores.

A professora da UNEB do Campus de Jacobina, Marinélia Souza Silva, deu “um show a parte” durante a noite de sábado (28), no Clube Lira Oito, quando o Partido dos Trabalhadores, PT abriu oficialmente seu primeiro Congresso.
Com um adorno colorido na cabeça e um lenço na boca como se estivesse amordaçada, a professora andava de um lado para o outro, por todo salão de festa do clube, que foi transformado em auditório, “batendo” descompassadamente um pandeiro. Ela corria, parava, fazia gestos de espanto, se esbarrava pelo chão e em um determinado momento, quando a deputada Neusa Cadore (PT), usava da palavra, chegou a sentar-se à mesa de trabalho.
Apesar de todo esforço para chamar atenção, o público manteve o silêncio e se esforçou, assim como as pessoas que usaram da palavra, para entender o discurso, pois, o som provocado pelo pandeiro, superava a fala dos oradores.
Marinélia, também ensina na Escola Maria Dagmar de Miranda, ela lamentou que a rede estadual de educação não estivesse em greve. “O PT, um partido dos trabalhadores, como é admissível que trate os trabalhadores deste jeito?”, questionou.
Doutoranda da UFBA, ela criticou a situação da educação no Estado e ironizou o trabalho da APLB/Sindicato e convocou os professores para reagirem. “Temos que aproveitar esse momento. Nós fazemos a educação pública em sala de aula todos os dias com os nossos alunos. Chega de servidão e escravidão”, protestou.
Para a professora a categoria não deve acostumar com os prazos e regras construídas pelo Governo Estadual e citou: Aposentadoria (2 anos), Licença para Mestrado numa universidade pública, no dia de São Nunca e tem que conseguir um professor excedente para lhe substituir e exoneração tem que ser solicitada com um mês de antecedência. “Ah, é melhor não pedir licença para fazer doutorado, pois dizem que não vai sair esse ano não”, ironizou.
Em sua opinião, os professores que lecionam no interior deveriam entrar em greve, independentemente do Sindicato. “Ele só representou nossos interesses quando os carlistas estiveram no poder. Agora a APLB é wagnista (Risos). Falta prestarem contas de quantos cargos ocupam no novo governo”, bateu.
Greve dos professores da UNEB – Marinélia e seus colegas professores da UNEB entraram em greve no dia 26 de abril e denunciam o descaso do governo com as universidades estaduais, pois estão faltando professores, salas de aula, funcionários e estrutura para o ensino, a pesquisa e a extensão.
Lembrou ainda da violência existente na universidade pública que prepara o cidadão, (pobre, negro, mulher amarela do sertão) para ascender socialmente e apagar da memória política dos graduados, mestres e doutores a vida de seus amigos de infância, seus vizinhos, seus pais, enfim, sua ancestralidade. “Será que a vida se resume a um carro novo, um apartamento em Salvador, ou a um tour pela Europa? Somos meros trabalhadores e consumidores”, questionou.
Em nota, o movimento grevista lembra que o orçamento destinado a Universidade é insuficiente, apesar do Estado ser um dos mais ricos do país, os professores recebem os piores salários do Nordeste e não há políticas de assistência estudantil que garantam a permanência dos estudantes. Na rede social na internet, Marinelia postou a informação, segundo o coordenador-geral do sindicato, professor Rui Oliveira, o governo comprometeu a pagar, a partir de junho, o Piso Salarial Profissional Nacional onde o salário não chega ao valor aceito pelo STF e o MEC (R$1.187,97) e que a licença maternidade e licença prêmio foram indeferidas. “Vamos simplesmente nos contentar em ter novas chances?”, mais uma vez questionou.
Na campanha salarial 2010, o governo demonstrou, mais uma vez, o seu descompromisso e intransigência com a categoria. Só um ano depois de protocolada a pauta de reivindicação, o governo abre as negociações. Embora não fosse a proposta ideal, o movimento docente mostrou-se flexível para viabilizar um acordo que recomporia, após quatro anos, somente uma parte das perdas salariais acumuladas em mais de 50%. No entanto, no momento da assinatura do Acordo, o governo impôs uma condição que congelaria o salário dos professores até 2015. Em outras palavras, na reta final da campanha, o governo mantém a sua postura autoritária e impede o desfecho da negociação.
Para o vereador pelo município de Conceição do Coité, professor Danilo Ramos (PT), que assistiu calado todo protesto da professora Marinélia Souza, as duas partes, governo e grevistas, tem que ceder. Segundo ele, o governo tem feito uma boa gestão na área de educação, mais tem que retirar a clausula que limita a discussão dos reajustes nos próximos anos e há necessidade de acelerar a solução deste processo.

Professores de Feira de Santana querem prisão de Jaques Wagner


Sem salários desde abril, categoria encaminhou ao MP representação criminal,
que deve ser protocolada ainda hoje

A Associação de Docentes da Universidade de Feira de Santana (Adufs) entrou com representação criminal no Ministério Público, pedindo prisão do governador Jaques Wagner, dos secretários de Educação, Osvaldo Barreto, e de Administração, Manoel Vitório. A categoria, que não recebeu salários de abril e maio, alega o não cumprimento de liminar judicial que obrigada o pagamento dos salários,apesar da greve. A solicitação deve ser protocolada ainda nesta quarta (01).

Comunicado do Comando de Greve sobre suposta ilegalidade da Greve

Comunicado do Comando de Greve da UNEB


Salvador, 01 de junho de 2011


Sobre as informações veiculadas na mídia de suposta declaração de ilegalidade da greve dos professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB), com respaldo de parecer técnico da sua assessoria jurídica, esclarece:

1 - Até o momento, nenhuma notificação oficial chegou à Diretoria da ADUNEB dando ciência de ação ou mesmo de eventual decisão do Judiciário que seja contrária ao movimento grevista.


2 - Com base em fatos jurídicos concretos, neste momento fazemos as seguintes considerações:

a) O Tribunal Pleno de Justiça concedeu liminar favorável aos docentes para que o Estado da Bahia pague os salários cortados - decisão finalmente comunicada ao Procurador-Chefe da PGE que responde pelo ESTADO, na data de ontem, 31/05/2011;

b) O Governo, portanto, está em flagrante descumprimento à ordem judicial, sujeitando-se à multa diária de R$ 5.000,00, cujos valores deverão ser creditados para a Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB);


3 - Diante da possibilidade do recebimento de notificação oficial sobre suposta ilegalidade da nossa greve, informamos que:

a) Será protocolado recurso de agravo de instrumento dirigido ao TJ/BA e com pedido de reconsideração voltado ao próprio juiz que supostamente deu tal decisão;

b) O movimento paredista foi deflagrado de modo regular, nos termos da LEI 7.783/89 que passou a reger a greve no serviço público;

c) Em última análise, apreciaremos um possível conflito de jurisdição entre a decisão que favorece os docentes e outra eventual decisão que sinalize em sentido contrário, uma vez que há LIMINAR proferida em nosso favor pelo Tribunal de Justiça através do seu órgão colegiado denominado de Tribunal Pleno, cujo relator do processo é o Desembargador Gesivaldo Brito.

d) Nós, professores da UNEB, continuamos em greve por tempo indeterminado e reafirmamos a greve como importante instrumento de luta dos trabalhadores garantido por Lei. Neste momento, ocupamos a Assembleia Legislativa em conjunto com os professores, estudantes e servidores das demais Universidades Estaduais para denunciar a intransigência e autoritarismo do Governo da Bahia e pressioná-lo a reabrir as negociações.

Comando de Greve da UNEB