terça-feira, 31 de maio de 2011

PROFESSORES E ALUNOS DO CAMPUS IV COMPARECEM EM NÚMERO CONSIDERÁVEL NA OCUPAÇÃO DA ALBA

Hoje, 31/05 os professores das UEBA ocuparam a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia na cidade de Salvador como forma de pressão em relação ao impasse pela intransigência do governo Wagner em não querer negociar a pautar de reivindicações da categoria. O campus IV foi destaque na mobilização, levando mais de 50 pessoas, entre professores e estudantes, para o ato. Ficou explícito para todos que o movimento vem tomando corpo em todo o estado. Professores e alunos continuarão acampados até a próxima quinta-feira.












sábado, 28 de maio de 2011

MOBILIZAÇÃO DIA 31/05

A AUNEB, Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia e nós professores grevistas estamos organizando organizando em conjunto com os estudantes e funcionários da UNEB, UEFS, UESC e UESB um ato de protesto na Assembléia Legislativa da Bahia no dia 31 e maio (terça-feira), às 10 hs. Agora mais do que nunca a nossa presença é indispensável porque nós precisamos mostrar nossa força e indignação em relação ao totalitarismo e injustiça praticada pelo Governo do Estado no processo de negociação da incorporação da CET, do Decreto, da 7176, dos processos de promoçâo docente, mudança de regime de trabalho e das pautas de reivindicação dos funcionários e estudantes. O departamento de Teixeira de Freitas também levará um ônibus com professores, estudantes e funcionários.


ESTÁ DISPONÍVE (CONFIRMADO) UM ÔNIBUS EXECUTIVO DA EMPRESA FALCÃO REAL SÃO LUIZ (COM BANHEIRO E AR CONDICIONADO) COM 46 LUGARES. SAIRÁ DE JACOBINA NO DIA 31 ÀS 05HS E RETORNARÁ ÀS 16HS.
PARA QUEM VAI FICAR PARA ACAMPAR RECOMENDAMOS TRAZER MUDA DE ROUPA ( E SABONETE, CREME DENTAL, ETC).
A ADUNEB CUSTEARÁ A ALIMENTAÇÃO DAS PESSOAS QUE FICAREM ACAMPADAS. PARA CONFIRMAR O LUGAR NO ÔNIBUS É NECESSÁRIO ENVIAR UMA MENSAGEM PARA A PROFESSORA JÍLIA BRITO COM O N° DO CPF, DA CI E O NOME COMPLETO.

DESTACO QUE A LISTA COMPLETA COM O NOME DOS PASSAGEIROS DEVERÁ SER ENTREGUA NA SEGUNDA-FEIRA. POR ISSO A CONFIRMAÇÃO DEVE SER FEITA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.

Os professores Joelma e Marcone já confirmaram presença.

Queridos estudantes de História, Educação Física, Inglês, Direito, Letras, Geografia, Paltaforma Freire de Pedagogia, Proesp de Educação Física, do Curso de Especialização, dos DAs e da Residência Estudantil...CONTO COM VOCÊS NESTE PROTESTOS.

Quem tiver pandeiro, tamborim leva para que possamos fazer um batucada de protesto.

Um forte abraço e até breve.

Julice

CAMPUS IV DISPONIBILIZARÁ ÔNIBUS PARA MOBILIZAÇÃO DO DIA 31/05

O campus de Jacobina não ficará de fora do ato que ocupará a Assembleia Lesgislativa da Bahia no dia 31/05. A mobilização faz parte das ações integradas em todo o país que reivindica uma educação pública gratuita e de qualidade. Todo o estado estará mobilizado para fazer deste evento um marco na luta pela melhorias das condições de ensino no Brasil. Não fiquem de fora: professores, alunos e estudantes podem participar. A Aduneb disponibilizará um ônibus com capacidade para 46 lugares que sairá da frente da Uneb/Jacobina no dia 31/05 às 5h30 da manhã com retorno previsto para o mesmo dia após a realização do ato. Contamos com vocês! Os interessados devem enviar e-mail para a professora Julia Brito, informando nome completo, se é aluno, professor ou funcionário, nº do RG e CPF: juliarosabritto@hotmail.com

sábado, 21 de maio de 2011

"Hoje é o dia mais feliz da minha vida"



Me aproprio devidamente das sábias palavras de um garotinho de sete anos aparentemente, filho de um colega nosso (Joselito), essa criança expressou em suas palavras a força do nosso movimento. Confesso, também me sinto realizada e muito feliz. Foi difícil acreditar nesse ato, mas ele cresceu de uma inocente proposta e invadiu as ruas de Salvador.

Tivemos uma reunião no turno matutino avaliamos o movimento e no turno vespertino o ato aconteceu nas sinaleiras do Iguatemi.

Jacobina, hoje brilhou uma das maiores participações em atividades. Estavam presentes:
Arnon, Antenor, Angelo, Barbara, Rubia ,Salomão, Jaime, Júlia Rosa, Fábio, Francisco Sales, Rafael Estrela, Joana, Dolores, Tadeu, Joselito, Claudia, Itamar, Roberto Bueno, Elmo, Eliene, Tais, Jane, João Reis excolega de campus. Parabenizo a  importante presença dos Alunos de História Edson e Cassiano, assim como a presença da aluna do curso de Letras.

Espero que nos próximos atos, tenhamos um número maior de alunos e professores, pois a nossa presença e que ajuda a fortalecer o movimento.
ATO: Segunda feira na frete da secretaria de educação as 14 horas.

Júlia Rosa C. de Britto

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O FIM DA EDUCAÇÃO

A vida de pesquisador nas universidades está ficando cada dia mais estranha. Quando comecei minha vida acadêmica no Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia, recebi logo na chegada um lugarzinho, uma sala com ar condicionado, escrivaninha, cadeira, máquina de datilografar, um telefone - que na verdade não funcionava lá muito bem! -, papel e caneta. Os livros, estavam na biblioteca ou os comprávamos, porque também não se publicava tanto quanto hoje. Dividia a sala com mais um colega e, dessa forma, fazia minhas pesquisas sobre o ensino de ciências e dava aulas na graduação. Depois, passei a integrar o corpo docente da pós-graduação em Educação e, também por lá, sem nenhum luxo e bem menos infra, tinha as condições mínimas para pesquisar sobre a qualidade dos livros didáticos, campo inicial de pesquisa na minha vida universitária.
O tempo foi passando e a universidade foi se especializando no seu novo jeito de ser. Foi crescendo e ganhando força a pós-graduação, apareceram os grupos de pesquisas que passaram a ser cadastrados no CNPq, surgiu o Currículo Lattes - o Orkut da academia -, a CAPES intensificou a avaliação da pós-graduação e... a guerra começou. Com as demandas para a pesquisa cada dia sendo maiores e o com os recursos minguando (o Brasil investe em C&T apenas 1,2% do PIB enquanto os Estados Unidos, por exemplo, investem 2,7%), a avaliação da produtividade - palavrinha estranha no campo da pesquisa científica, não?! - ganha corpo, no Brasil e no mundo. "Publicar ou perecer" virou o mantra de todo professor-pesquisador. Mais do que isso, nas universidades não temos mais aquelas condições básicas dadas pela própria instituição já que, de um lado, ela foi perdendo cada vez mais seu orçamento de custeio e, de outro, as demandas aumentaram muito uma vez que, mesmo na área das Humanas, necessitamos de muito mais tecnologia. Por conta disso, temos que, literalmente, "correr atrás" de recursos através dos chamados editais. Assim, cada grupo de pesquisa vive em função de sua capacidade de captação de recursos - quem diria que estaríamos falando assim, não é?! - e transformaram-se em verdadeiros setores administrativos nas universidades. Demandam secretários, contadores (esses, seguramente, os mais importantes!), administradores, bibliotecários, constituindo-se em um verdadeiro aparato burocrático para dar conta das cobranças formais de cada um destes editais e de suas famigeradas prestações de contas.
Pois quando pensamos que já estávamos no limite, e os colegas Waldemar Sguissardi e João dos Reis da Silva Jr com o seu "O trabalho intensificado nas Federais" mostraram bem o fundo do poço, sabemos através do colega Manoel Barral-Neto no seu blog "Sciencia totum circumit orbem" que pesquisadores chineses estão recebendo um "estímulo" equivalente a 50 mil reais para publicar suas pesquisas nas revistas de "alto impacto" científico, a exemplo da Science. Nos comentários que se seguiram ao texto, tomamos conhecimento com a postagem de Renato J. Ribeiro que a Universidade Estadual Paulista (UNESP) está dando um prêmio de cerca de 15 mil reais para quem publicar na Science ou Nature, duas revistas de alto "fator de impacto".
Também de São Paulo outra noticia veio à tona recentemente: o resultado da última avaliação realizada pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) apontou que os estudantes não se deram muito bem na avaliação de 2010. É com base no rendimento dos alunos que os professores da rede estadual paulista recebem uma gratificação - um bônus - no seu salário, num esquema denominado "pagamento por performace", implantando no Estado supostamente para "estimular" a melhoria da educação paulista. O que se viu com os últimos resultados é que essa estratégia não funcionou.
E não funcionou porque esse não pode ser o foco da avaliação da educação. A educação, em todos os níveis, precisa ser fortalecida, mas não como o espaço da competição e sim como um espaço de formação de valores, da colaboração e da ética. Em qualquer dos seus níveis, a educação precisa ser compreendida como um direito de todo o cidadão e que não pode ser trocada por uns trocados.
Lembro Milton Santos: "essa ideia de que a universidade é uma instituição como qualquer outra, o que inclui até mesmo a sua associação com o mercado, dificulta muito esse exercício de pensar". De fato, com um dinheirinho extra por cada publicação, com um novo edital disponível para o próximo projeto, com a avaliação da CAPES na pós-graduação batendo às portas, deixando todos de cabelo em pé, e com a lógica do "publicar ou perecer", parece que estamos chegando perto do fim da universidade enquanto espaço do pensar e do criar conceitos. Viramos, pura e simplesmente, o espaço da reprodução do instituído.
E isso é, no mínimo, lamentável. Na verdade, é o próprio fim da educação.


Nelson Pretto é professor e já foi diretor (2000-2004 e 2004-2008) da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Membro titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Físico, mestre em Educação e Doutor em Comunicação.

Professores da UNEB campus IV debatem greve e problemas estruturais do Departamento

A partir da atividade de GREVE ocorrida no dia 04/05, envolvendo professores e estudantes do Campus IV, foi apontada a necessidade de discutirmos questões referentes ao Departamento, visto que o momento da GREVE propicia o encontro de docentes estudantes de diferentes áreas.

Desta forma, no dia 17 de maio, foi realizada uma reunião contando com aproximadamente 30 professores, representantes de todos os cursos existentes no Departamento, e a presença de alguns estudantes. Inicialmente foi trazido pelos representantes do Comando de GREVE (Cláudia e Joselito) informes sobre a situação atual da GREVE e em seguida foram levantados os principais problemas do campus. Dentre os problemas apontados, o que mais ganhou força foi a necessidade de ampliação do espaço físico do Departamento.

Como todos sabem, o mesmo não dá conta de acolher todos as atividades e cursos existentes no Campus, sendo necessário a utilização de outros espaços da comunidade, inclusive para a realização de aulas nos cursos regulares. Falta espaço para laboratórios; para funcionamento de novos núcleos (a exemplo do núcleo de prática jurídica); não há espaço físico adequado para o curso de Educação Física (piscina, quadra, etc). Além disso, foi citada a falta de acervo na biblioteca; atraso das bolsas dos estudantes; inúmeros processos emperrados; inexistência de recursos para aulas de campo, eventos etc; O problema principal apontado pelos estudantes foi a falta de estrutura da residência estudantil, problema que se arrasta.

O grupo optou por focar na questão da ampliação do Campus e para encaminhar propostas neste sentido, foi formada uma comissão com os seguintes professores: Mírian (Geografia), Antenor (Letras), Manoela (Ed. Física), Lêda (Direito), Rúbia (Letras), Joelma (História) e o estudante Gabriel (Geografia). Como primeiros passos a comissão irá fazer um levantamento das necessidades reais do Campus, verificar a viabilidade de terreno ou prédio para a nova sede do campus, além de levantar o histórico/documentação das negociações referentes a esta ampliação.

Para discussão inicial dessa pauta solicitaremos uma audiência com a Reitoria (setor financeiro), além de estarmos atentos a articulações políticas regionais e estaduais.

O movimento grevista, através das professoras Cláudia Vasconcelos e Joelma Ferreira concedeu entrevistas a rádios locais (Jacobina FM e Serrana FM), que serão veiculadas no dia 19/05 - Dia de Luta contra o Decreto – quando a UNEB, em todo o estado, irá aos meios de comunicação esclarecer à população baiana as razões da greve. As professoras Mariza do Carmo e Manoela ficaram responsáveis pela veiculação de informações também em jornais impressos.


AGENDA DO MOVIMENTO – CAMPUS IV:

- Dia 20/05 – Assembléia Geral de Docentes as 8:30h;

- Dia 20/05 – Ato público em frente ao Iguatemi as 14h;

terça-feira, 17 de maio de 2011

Depoimento de Roberto Bueno sobre a situação vivida no Campus IV.

O professor Roberto Bueno é o coordenador do Colegiado de Letras Inglês no Campus IV em Jacobina e aponta neste vídeo uma série de problemas enfrentados pelo curso desde a sua implantação, como a falta de professores, falta de espaço físico para a implantação do laboratório de Língua Inglesa, dentre outros.

Manifestação de professores e alunos da Uneb


Professores e alunos da Uneb - Campus IV saíram em caminhada pelas ruas de Jacobina chamando a atenção sobre a greve na instituição. Como muito humor e alegria: pernas-de-pau, drags e palhaços, pararam o trânsito e panfletaram nos principais cruzamentos da cidade. O apoio das pessoas foi total.

Ato grevista no campus IV hoje dia 17 de maio de 2011.


Os professores e alunos dos Cursos de Letras Português, Geografia, História, Ed. Física, Direito e Letras Inglês reunidos na manhã e tarde do dia 17 de maio de 2011 no Campus IV discutiram o andamento da Greve docente. Desta reunião foi tirada uma pauta e uma agenda de trabalho para serem amplamente discutidas pela comunidade acadêmica a reais necessidades da UNEB e mais especificamente a realidade do Campus IV – Jacobina-BA.